A sorte parece ser a mesma para todos | ||||
1 Deveras todas estas coisas considerei no meu coração, para declarar tudo isto: que os justos, e os sábios, e as suas obras, estão nas mãos de Deus, e também o homem não conhece nem o amor nem o ódio; tudo passa perante ele. | 1 Deveras a tudo isto apliquei o meu coração, para claramente entender tudo isto: que os justos, e os sábios, e as suas obras, estão nas mãos de Deus; se é amor ou se é ódio, não o sabe o homem; tudo passa perante a sua face. | 1 Refleti nisso tudo e cheguei à conclusão de que os justos e os sábios, e aquilo que eles fazem, estão nas mãos de Deus. O que os espera, se amor ou ódio, ninguém sabe. | 1 Pois a tudo isto apliquei o meu coração, fiz de tudo isto o objeto do meu exame e vi que os justos e os sábios, e as suas obras, estão nas mãos de Deus; se é amor ou se é ódio, não o sabe o homem. Tudo lhe pode sobrevir. | 1 Apliquei então meu espírito ao esclarecimento de tudo isso: os justos, os sábios e seus atos estão na mão de Deus. O homem ignora se isso será amor ou ódio. Tudo é possível. |
2 Tudo sucede igualmente a todos; o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao puro, como ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento. | 2 Tudo sucede igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao ímpio, ao bom e ao mau, ao puro e ao impuro; assim ao que sacrifica como ao que não sacrifica; assim ao bom como ao pecador; ao que jura como ao que teme o juramento. | 2 Todos partilham um destino comum: o justo e o ímpio, o bom e o mau, o puro e o impuro, o que oferece sacrifícios e o que não oferece. O que acontece com o homem bom, acontece com o pecador; o que acontece com quem faz juramentos, acontece com quem teme fazê-los. | 2 Todas as coisas sucedem igualmente a todos: o mesmo sucede ao justo e ao perverso, ao bom e ao puro e ao impuro; ao que oferece sacrifícios e ao que não os oferece. Como é o bom, assim é o pecador; e aquele que jura como aquele que teme o juramento. | 2 Um mesmo destino para todos: há uma sorte idêntica para o justo e para o ímpio, para aquele que é bom como para aquele que é impuro, para o que oferece sacrifícios como para o que deles se abstém. O homem bom é tratado como o pecador e o perjuro como o que respeita seu juramento. |
3 Este é o mal que há entre tudo quanto se faz debaixo do sol; a todos sucede o mesmo; e que também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade, e que há desvarios no seu coração enquanto vivem, e depois se vão aos mortos. | 3 Este é o mal que há em tudo quanto se faz debaixo do sol: que a todos sucede o mesmo. Também o coração dos filhos dos homens está cheio de maldade; há desvarios no seu coração durante a sua vida, e depois se vão aos mortos. | 3 Este é o mal que há em tudo o que acontece debaixo do sol: O destino de todos é o mesmo. O coração dos homens, além do mais, está cheio de maldade e de loucura durante toda a vida; e por fim eles se juntarão aos mortos. | 3 Este é um mal em tudo o que se faz debaixo do sol; a todos sucede o mesmo. Também o coração dos filhos é cheio de maldade, e a loucura acha-se no seu coração durante a sua vida, e depois vão ter com os mortos. | 3 Entre tudo que se faz debaixo do sol, é uma desgraça só existir para todos um mesmo destino: por isso o espírito dos homens transborda de malícia, a loucura ocupa o coração deles durante a vida, depois da qual vão para a casa dos mortos. |
4 Ora, para aquele que está entre os vivos há esperança (porque melhor é o cão vivo do que o leão morto). | 4 Ora, para aquele que está na companhia dos vivos há esperança; porque melhor é o cão vivo do que o leão morto. | 4 Quem está entre os vivos tem esperança; até um cachorro vivo é melhor do que um leão morto! | 4 Para aquele que está na companhia dos vivos, há esperança; porque mais vale um cão vivo do que um leão morto. | 4 Porque, enquanto um homem permanece entre os vivos, há esperança; mais vale um cão vivo que um leão morto. |
5 Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, mas a sua memória fica entregue ao esquecimento. | 5 Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento. | 5 Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos nada sabem; para eles não haverá mais recompensa, e já não se tem lembrança deles. | 5 Pois os vivos sabem que hão de morrer; mas os mortos não sabem coisa alguma, nem tão pouco têm daí em diante recompensa, porque a sua memória fica entregue ao esquecimento. | 5 Com efeito, os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem mais nada; para eles não há mais recompensa, porque sua lembrança está esquecida. |
6 Também o seu amor, o seu ódio, e a sua inveja já pereceram, e já não têm parte alguma para sempre, em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. | 6 Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. | 6 Para eles o amor, o ódio e a inveja há muito desapareceram; nunca mais terão parte em nada do que acontece debaixo do sol. | 6 Tanto o seu amor como o seu ódio, e a sua inveja, pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma que se faz debaixo do sol. | 6 Amor, ódio, ciúme, tudo já pereceu; não terão mais parte alguma, para o futuro, no que se faz debaixo do sol. |
7 Vai, pois, come com alegria o teu pão e bebe com coração contente o teu vinho, pois já Deus se agrada das tuas obras. | 7 Vai, pois, come com alegria o teu pão .e bebe o teu vinho com coração contente; pois há muito que Deus se agrada das tuas obras. | 7 Portanto, vá, coma com prazer a sua comida, e beba o seu vinho de coração alegre, pois Deus já se agradou do que você faz. | 7 Vai, come o teu pão com alegria, e bebe o teu vinho com coração contente; pois há muito que Deus se agrada das tuas obras. | 7 Ora, pois, come alegremente teu pão e bebe contente teu vinho, porque Deus já apreciou teus trabalhos. |
8 Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça. | 8 Sejam sempre alvas as tuas vestes, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça. | 8 Esteja sempre vestido com roupas de festa, e unja sempre a sua cabeça com óleo. | 8 Sejam sempre brancos os teus vestidos, e não falte óleo sobre a tua cabeça. | 8 Traja sempre vestes brancas e haja sempre azeite {perfumado} em tua cabeça. |
9 Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol. | 9 Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vida vã; porque este é o teu quinhão nesta vida, e do teu trabalho, que tu fazes debaixo do sol. | 9 Desfrute a vida com a mulher a quem você ama, todos os dias desta vida sem sentido que Deus dá a você debaixo do sol; todos os seus dias sem sentido! Pois essa é a sua recompensa na vida pelo seu árduo trabalho debaixo do sol. | 9 Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã que ele te deu debaixo do sol, por todos os dias da tua vaidade. Pois essa é a tua porção na vida e no teu trabalho com que te afadigas debaixo do sol. | 9 Desfruta da vida com a mulher que amas, durante todos os dias da fugitiva e vã existência que Deus te concede debaixo do sol. Esta é tua parte na vida, o prêmio do labor a que te entregas debaixo do sol. |
10 Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma. | 10 Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças; porque no Seol, para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma. | 10 O que as suas mãos tiverem que fazer, que o façam com toda a sua força, pois na sepultura, para onde você vai, não há atividade nem planejamento, não há conhecimento nem sabedoria. | 10 Tudo o que alcançar a tua mão para fazer, faze-o com tuas forças, porque na sepultura para onde vais, não há obra, nem engenho, nem conhecimento, nem sabedoria. | 10 Tudo que tua mão encontra para fazer, faze-o com todas as tuas faculdades, pois que na região dos mortos, para onde vais, não há mais trabalho, nem ciência, nem inteligência, nem sabedoria. |
Trabalhos sem recompensa | ||||
11 Voltei-me, e vi debaixo do sol que não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a batalha, nem tampouco dos sábios o pão, nem tampouco dos prudentes as riquezas, nem tampouco dos entendidos o favor, mas que o tempo e a oportunidade ocorrem a todos. | 11 Observei ainda e vi que debaixo do sol não é dos ligeiros a carreira, nem dos fortes a peleja, nem tampouco dos sábios o pão, nem ainda dos prudentes a riqueza, nem dos entendidos o favor; mas que a ocasião e a sorte ocorrem a todos. | 11 Percebi ainda outra coisa debaixo do sol: Os velozes nem sempre vencem a corrida; os fortes nem sempre triunfam na guerra; os sábios nem sempre têm comida; os prudentes nem sempre são ricos; os instruídos nem sempre têm prestígio; pois o tempo e o acaso afetam a todos. | 11 Eu vi ainda debaixo do sol que a corrida não é para os ligeiros, nem a batalha para os fortes, nem o pão para os sábios, nem as riquezas para os inteligentes, nem o favor para os homens de destreza; mas tudo depende do tempo e do acaso. | 11 Nas minhas investigações debaixo do sol, vi ainda que a corrida não é para os ágeis, nem a batalha para os bravos, nem o pão para os prudentes, nem a riqueza para os inteligentes, nem o favor para os sábios: todos estão à mercê das circunstâncias e da sorte. |
12 que também o homem não sabe o seu tempo; assim como os peixes que se pescam com a rede maligna, e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se enlaçam também os filhos dos homens no mau tempo, quando cai de repente sobre eles. | 12 Pois o homem não conhece a sua hora. Como os peixes que se apanham com a rede maligna, e como os passarinhos que se prendem com o laço, assim se enlaçam também os filhos dos homens no mau tempo, quando este lhes sobrevém de repente. | 12 Além do mais, ninguém sabe quando virá a sua hora: Assim como os peixes são apanhados numa rede fatal e os pássaros são pegos num laço, também os homens são enredados pelos tempos de desgraça que caem inesperadamente sobre eles. | 12 Pois o homem não sabe a sua hora. Como os peixes que são apanhados numa rede cruel, e como os pássaros que são presos no laço, assim os filhos dos homens são enlaçados no tempo mau, quando este dá sobre eles de improviso. | 12 O homem não conhece sua própria hora: semelhantes aos peixes apanhados pela rede fatal, os passarinhos presos no laço, os homens são enlaçados na hora da calamidade que se arremessa sobre eles de súbito. |
Exemplo que ilustra esta verdade | ||||
13 Também vi esta sabedoria debaixo do sol, que para mim foi grande: | 13 Também vi este exemplo de sabedoria debaixo do sol, que me pareceu grande: | 13 Também vi debaixo do sol este exemplo de sabedoria que muito me impressionou. | 13 Vi também este sinal de sabedoria debaixo do sol, que me pareceu grande. | 13 Vi também, debaixo do sol, este exemplo de uma sabedoria que me pareceu grande: |
14 Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens, e veio contra ela um grande rei, e a cercou e levantou contra ela grandes baluartes; | 14 Houve uma pequena cidade em que havia poucos homens; e veio contra ela um grande rei, e a cercou e levantou contra ela grandes tranqueiras. | 14 Havia uma pequena cidade, de poucos habitantes. Um rei poderoso veio contra ela, cercou-a com muitos dispositivos de guerra. | 14 Houve uma pequena cidade, e nela se achavam poucos homens; veio contra ela um grande rei, cercou-a e levantou contra ela grandes baluartes. | 14 havia uma pequena cidade, pouco populosa, contra a qual veio um poderoso rei que a sitiou e construiu contra ela fortes trincheiras. |
15 E encontrou-se nela um sábio pobre, que livrou aquela cidade pela sua sabedoria, e ninguém se lembrava daquele pobre homem. | 15 Ora, achou-se nela um sábio pobre, que livrou a cidade pela sua sabedoria; contudo ninguém se lembrou mais daquele homem pobre. | 15 Ora, naquela cidade vivia um homem pobre mas sábio, e com sua sabedoria ele salvou a cidade. No entanto, ninguém se lembrou daquele pobre. | 15 Ora achou-se nela um homem pobre e sábio, que pela sua sabedoria livrou a cidade, contudo ninguém se lembrou mais daquele homem pobre. | 15 Ora, aí se encontrava um pobre homem, prudente, cuja sabedoria salvou a cidade; e ninguém se lembrou desse pobre homem. |
16 Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força, ainda que a sabedoria do pobre foi desprezada, e as suas palavras não foram ouvidas. | 16 Então disse eu: Melhor é a sabedoria do que a força; todavia a sabedoria do pobre é desprezada, e as suas palavras não são ouvidas. | 16 Por isso pensei: Embora a sabedoria seja melhor do que a força, a sabedoria do pobre é desprezada, e logo já não se dá atenção às suas palavras. | 16 Então disse eu: A sabedoria é melhor do que a força; todavia a sabedoria do pobre é desprezada, e as suas palavras não são ouvidas. | 16 Por isso eu disse: A sabedoria vale mais que a força; mas a sabedoria do pobre é desprezada e às suas palavras não se dão ouvidos. |
17 As palavras dos sábios devem em silêncio ser ouvidas, mais do que o clamor do que domina entre os tolos. | 17 As palavras dos sábios ouvidas em silêncio valem mais do que o clamor de quem governa entre os tolos. | 17 As palavras dos sábios devem ser ouvidas com mais atenção do que os gritos de quem domina sobre tolos. | 17 As palavras dos sábios, proferidas no meio de silêncio, são mais ouvidas do que o clamor de quem governa entre os tolos. | 17 As palavras calmas dos sábios são mais bem ouvidas que os gritos de um chefe entre insensatos. |
18 Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra, porém um só pecador destrói muitos bens. | 18 Melhor é a sabedoria do que as armas de guerra; mas um só pecador faz grande dano ao bem. | 18 A sabedoria é melhor do que as armas de guerra, mas um só pecador destrói muita coisa boa. | 18 A sabedoria é melhor do que as armas de guerra, porém um só pecador faz muito dano ao bem. | 18 A sabedoria vale mais que as máquinas de guerra; mas um só pecador pode causar a perda de muitos bens. |
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