Procurando Um “Bode”
Tramas Espantosas
No mesmo local onde está hoje o Coliseu Romano estava situada, nos dias de Nero, a “favela” de Roma. Naquela parte da cidade havia uma grande quantidade de ínsulas, que eram prédios que tinham três, quatro e até cinco andares, todos construídos com tijolos e madeira. Era um grande cortiço onde famílias alugavam “apartamentos” que, nalguns casos, tinham apenas um quarto, sendo essa a parte da cidade onde moravam as pessoas menos favorecidas.
Enquanto a parte nobre da cidade tinha até redes de esgoto, a região das ínsulas não tinha sequer casas de banho. Aquele pedaço da cidade, aos olhos de Nero, estava desfigurando a sua capital; ele resolveu, então, substituir aquelas construções por um novo complexo palaciano.
Ao dar ordens, secretamente, para que ateassem fogo naquela parte da cidade, depois de o Senado ter desaprovado o seu projeto, Nero, tentando garantir que o fogo não fosse apagado antes que tivesse queimado todas as casas que ele queria remover, mandou que vários focos de incêndio fossem iniciados em diferentes locais. Só que a sua “estratégia” fez com que o fogo se alastrasse tão facilmente como quando acontece um incêndio em uma favela nos dias atuais. O incêndio não ficou restrito à área que Nero queria destruir e tornou-se uma tragédia de proporções épicas. Até hoje o nome do imperador romano está associado a incêndios, tanto é que o nome de um dos programas de computador usados para “queimar” CDs e DVDs com raio laser, gravando-os, recebeu o nome de Nero.
Quando planejou o incêndio, Nero não imaginou que o fogo iria destruir dois terços da cidade, e muito menos que ele próprio acabaria, tão facilmente, caindo “na boca do povo” como o principal suspeito; o que piorou quando seus agentes começaram a comprar, por ninharia, vários dos imóveis que haviam sido destruídos pelo fogo. Não somente a sua reputação, que nunca foi das melhores, estava em jogo, como a própria subsistência do seu governo, já há muito tempo sendo alvo de conspirações. Ele tinha que fazer algo depressa para salvar a própria pele.
Para escapar das consequências da própria loucura Nero procurou um “bode expiatório”, ou seja, uma ou mais pessoas em quem pudesse jogar a culpa. Foi assim que ele, frio e ardiloso como era, elaborou outra trama, agora contra algumas das pessoas mais pacíficas do seu reino: os cristãos. Estes, pacíficos e indefesos, pagariam pelo crime que ele cometera; um irresponsável iria escapar e inocentes iriam sofrer injustamente. A Bíblia diz que “quando os justos florescem, o povo se alegra; quando os ímpios governam, o povo geme” (Provérbios 29:2).
O que as pessoas devem fazer quando são oprimidas? Devem tentar fazer justiça por si mesmas? Não! Quem toma a justiça nas mãos acaba cometendo outras injustiças, mesmo que não tenha essa intenção. A única opção segura é buscar o socorro divino. DEUS diz: “Porque sou Eu que conheço os planos que tenho para vocês, diz o SENHOR, planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro. Então vocês clamarão a mim, virão orar a mim, e eu os ouvirei. Vocês me procurarão e me acharão quando me procurarem de todo o coração. Eu me deixarei ser encontrado por vocês, declara o SENHOR, e os trarei de volta do cativeiro” (Jeremias 29:11-14).
Se você estiver sofrendo algum tipo de injustiça, não tente resolver o problema sozinho(a). Peça socorro Àquele que operou os maiores livramentos da história. Mas lembre-se de que o texto diz que, para achá-Lo, é preciso buscá-Lo de todo o coração. Alguns O buscam de forma interesseira, como se Ele fosse um garçom que tivesse a obrigação de atender pedidos; esses não O encontram. Busque-O de todo o seu coração e você O encontrará.
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Texto extraído do livro
Tramas Espantosas
da Editora Luzes da Alvorada.
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