Quem Lavou a Louça?
Imagine a seguinte cena: Uma esposa vai se deitar, depois de um dia cansativo e o marido, antes de se recolher também, vai até a cozinha e lava a louça que estava na pia para ela. Isso aconteceu várias vezes. Um dia, desapontado por não ser notado, o esposo perguntou-lhe: - Você viu que alguém tem lavado a louça da pia de vez em quando? - Sim - ela responde sem interesse. - Você está achando que foi a nossa filha que lavou? - ele questiona novamente. - Não, eu sei que foi você - responde ela com indiferença. - Como você sabe que fui eu quem lavou? - indaga ele entristecido. - Porque estava bem lavada - responde ela com a mesma frieza, enquanto sai da cozinha, como se o que ele tivesse feito não fosse nada mais do que a obrigação. A respeito dessa cena eu quero lhe fazer três perguntas. A primeira: Será que esse esposo vai sentir desejo de continuar lavando a louça para ela por muito tempo? Segunda pergunta: Se as coisas não mudarem e a frieza continuar, será que esse relacionamento vai continuar bem por muito tempo? A reação fria dela denuncia uma considerável desestruturação do relacionamento. Terceira pergunta: Você acharia absurdo se um dia essa mulher falasse que o esposo nunca lhe deu valor e que não fazia nada por ela? Agora pense em nosso relacionamento com DEUS. No caso acima citado a esposa, ainda que não dando o devido valor, ao menos admitiu que era o esposo quem lhe fazia aquele benefício. Contudo, quando o assunto é o que acontece de bom conosco, muitas vezes fazemos pior, não admitindo que DEUS tenha algo a ver com aquilo e atribuindo o ocorrido a “coincidências”, a “causas naturais” ou a uma simples “sorte”. Mas as coisas vão muito além e agimos, muitas vezes, totalmente “do jeito que o diabo gosta”, porque negamos a participação de DEUS nas pequenas coisas boas da vida e estamos sempre prontos a por a culpa nEle por todas as desgraças, dizendo que “DEUS quis assim”. O que é bom não foi Ele; mas o que é ruim foi Ele quem quis. Como será que Ele se sente quando as pessoas agem assim? Como você se sentiria se você recebesse um tratamento desses? Você já aprendeu a ver a mão de DEUS em cada pequena coisa da vida ou ainda acha que Ele nunca faz nada realmente grande e importante por você? Quem não sabe dar valor ao “pouco” que recebe de DEUS merece ficar sem nada. “Pois a quem tem, mais será dado, e terá em grande quantidade. Mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado” (Mateus 25:29). Quem acha que não tem recebido coisas boas de DEUS um dia pode descobrir que “era feliz e não sabia”. Se não mudar de atitude, tal pessoa poderá um dia receber a sentença proferida pelo SENHOR JESUS na continuidade do texto anterior: “Lancem fora o servo inútil, nas trevas, onde haverá choro e ranger de dentes” (verso 30). As pessoas que não dão valor às pequenas coisas que DEUS faz deveriam temer um dia se tornarem como os líderes religiosos do tempo de JESUS que, de tanto desvalorizarem e rejeitarem os milagres dEle, chegaram ao ponto de dizer que os mesmos eram feitos pelo poder de “Belzebu, o príncipe dos demônios” (Lucas 11:15). Lembre-se: Quem não sabe dar valor não tem direito de receber - e isto inclui tentar desvalorizar a obra de DEUS “explicando” tudo como “coincidência” ou “causas naturais”. Se você quer ver muitos milagres em sua vida, preste atenção a tudo de bom que acontece: a chuva que parou quando você precisava sair, o ônibus que chegou exatamente na hora em que você precisava, a pessoa que você encontrou por “coincidência” (Providência), cujo encontro foi importante por algum motivo, etc. Saiba dar valor e a agradecer pelo “pouco”, dando o devido crédito a Quem lhe deu, para que possa receber o “muito”; caso contrário, vai continuar com “pouco” e ter cada vez menos, até ficar sem nada. Milagres não acontecem por acaso.
|
