Passando Vergonha Sem Precisar
Aquele parecia ser um dia como qualquer outro quando a juíza Mindy S. Glazer iniciou suas atividades rotineiras em uma corte de Miami, na Flórida. Tudo transcorria na mais completa normalidade quando foi trazido o próximo acusado para ser julgado. Seu nome era Arthur Booth, acusado de roubo e de resistir à prisão. Ninguém notou nada de estranho; mas a juíza notou. Durante a audiência, antes de enviar o criminoso para cumprir sua pena, a juíza, inesperadamente, perguntou-lhe: “Você estudou na Nautilus?” A Nautilus Middle School é uma conhecida escola pública de ensino fundamental localizada em Miami Beach. Aquela pergunta inesperada fez com que o réu mal-encarado olhasse para a juíza com mais atenção. Foi quando ele a reconheceu: Era sua velha colega de escola Mindy, com quem ele havia convivido por um bom tempo e com quem, tantas e tantas vezes, havia jogado bola. Nos primeiros momentos Arthur, impressionado, esboçou um grande e largo sorriso, pois tinha acabado de reencontrar, depois de tantos anos, uma das suas melhores amigas; mas bastaram alguns segundos para ele se lembrar de onde estava e o sorriso espontâneo transformou-se no mais sentido e envergonhado choro, diante das câmeras do tribunal, que registraram tudo. Ele não conseguia falar nada mais a não ser repetir a expressão “Oh, meu DEUS!” Enquanto a juíza comentava de onde se conheciam e falava que ele era “o garoto mais legal da escola”. Disse ainda que ela sempre se lembrava dele e se perguntava para onde será que ele havia ido e o que havia acontecido com ele. Agora, ali estava ele; infelizmente, ocupando o lugar do réu. O vídeo capturado pelas câmeras do tribunal chegou até a impressa e sacudiu o mundo através dos noticiários e da internet. Milhares e milhares de pessoas ao redor do planeta ficaram sabendo da história dos dois colegas de escola e amigos de infância que tiveram oportunidades semelhantes, mas que acabaram em situações diametralmente opostas; a juíza e o réu.
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