Respeito Incondicional?
Outra coisa que exigiu sua atenção: Três das suas filhas precisaram passar por cirurgias sérias: Uma por causa de apendicite, outra por causa de uma úlcera em um dos olhos e uma terceira para corrigir um quadro grave de estrabismo. Izabel não mediu esforços procurando médicos e tratamentos para as filhas, inclusive fazendo longas viagens quando necessário. Foi assim que Izabel lutou durante toda a sua vida para dar um futuro digno aos seus filhos, mesmo tendo que criá-los sozinha. Diferentemente de muitas outras pessoas em igual situação, Izabel não admitia que seus filhos faltassem ao respeito com o pai, mesmo tendo sido abandonados por ele. Ela cria que o mandamento bíblico “honra a teu pai e tua mãe” não diz que, para ser honrado e respeitado, esse pai tem que ser “certinho” ou mesmo ser um exemplo como tal. Ela os levou a entender que DEUS esperava que eles respeitassem o pai, independentemente de qualquer outra coisa. Assim, os filhos sempre se dirigiam a ele dizendo: “Sua bênção, pai”; e a resposta era: “DEUS te abençoe!”. Izabel, como uma fiel cristã, não admitia que seus filhos crescessem com rancor no coração ou revoltados. Ela, pelo ensino e pelo exemplo, ensinou-os a terem fé e confiança em DEUS. Ela tinha todos os motivos para se sentir no “direito” de promover o distanciamento entre seus filhos e o pai; mas não fez isso. Seu ex-marido teve três mulheres consecutivas e filhos com elas, fora outros relacionamentos extra-conjugais; mas mesmo assim, Izabel ensinava os filhos a respeitarem o pai e a sempre manterem contato com ele. Hoje, muitas pessoas agem de forma totalmente diferente da de Izabel. Quando existe uma separação, muitas esposas colocam os filhos contra os pais, achando que estão fazendo “justiça”; mas não foi isso o que JESUS ensinou. Ele disse: “Se alguém lhe bater numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém lhe tirar a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica” (Lucas 6:29). É fácil encontrarmos pessoas professando ser cristãs, hoje em dia; o difícil é vermos pessoas que, como CRISTO, consigam, mesmo no pior dos sofrimentos, dizer de todo o coração “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo” (Lucas 23:34), sem tentarem dar um “jeitinho” para fazerem justiça à sua própria maneira. Tudo o que fazemos na vida volta para nós mesmos. A Bíblia afirma que “o que o homem semear, isso também colherá” (Gálatas 6:7). Não adianta dar “desculpas”, nem apresentar “motivos”. As pessoas que têm mais anos e experiência de vida confirmam, pelo que elas próprias viram, que se plantamos o bem, ele volta; mas quando plantamos sementes de rancor, de “justiça” própria, de ressentimento e de mágoa, a colheita será um final de existência amargurado e infeliz, no qual a morte parece ser um alívio. Com Izabel não foi diferente; o que ela plantou, ela mesma colheu - o tratamento que ela ensinou os filhos a darem ao pai, ela mesma recebeu de volta. Mais do que ensinar, Izabel viveu o que ensinou. Ela plantou altruísmo, mansidão, paciência, dedicação e perdão, e recebeu respeito e veneração dos filhos e netos que a amavam muito.
|
