Cidades Sufocantes
Milhões de pessoas, quando termina o dia de trabalho, estão ansiosas para descansarem um pouquinho antes que o dia seguinte chegue; e quando chega o fim de semana, o mesmo passa tão depressa que elas permanecem cansadas demais para fazerem planos definidos ou tomarem qualquer iniciativa que possa levá-las a uma mudança de vida. Assim a vida continua; até que a mesma se acabe. Até com isso as pessoas conseguem se acostumar! Uma escritora norte americana contemporânea dos primeiros anos da vida de Harry Orchard escreveu: “Em todo o mundo as cidades estão se tornando viveiros de vícios. Por toda parte se vê e ouve o que é mau, e encontram-se estimulantes à sensualidade e ao desregramento. Avoluma-se incessantemente a onda de corrupção e de crime. Cada dia oferece um registro de violência: roubos, assassínios, suicídios e crimes inomináveis. “A vida nas cidades é falsa e artificial. A intensa paixão de ganhar dinheiro, o redemoinho da excitação e da corrida aos prazeres, a sede de ostentação, de luxo e extravagância, tudo são forças que, no que respeita à maioria da humanidade, desviam o espírito do verdadeiro desígnio da vida. Abrem a porta para milhares de males. Estas coisas exercem sobre a juventude uma força quase irresistível... “Não era desígnio de Deus que o povo se aglomerasse nas cidades, se apinhasse em cortiços. Ele pôs, no princípio, nossos primeiros pais entre os belos quadros e sons em que se deseja que nos regozijemos ainda hoje. Quanto mais chegarmos a estar em harmonia com o plano original de Deus, mais favorável será nossa posição para assegurar saúde ao corpo, espírito e alma”. - A Ciência do Bom Viver, Págs. 363-365. Muitas pessoas não podem pensar na agitação e nos perigos morais existentes nas grandes cidades modernas sem se lembrarem da descrição das antigas cidades de Sodoma e Gomorra e também do texto apocalíptico que diz (Apocalipse 18:4 - NVI): “Então ouvi outra voz do céu que dizia: ‘Saiam dela, vocês, povo meu, para que vocês não participem dos seus pecados, para que as pragas que vão cair sobre ela não os atinjam!’” Pior do que a afirmação do ditado que diz que “quem trabalha demais não tem tempo de ganhar dinheiro” é o fato de que quem trabalha demais às vezes não tem tempo nem de perceber que a vida está se passando sem que seja bem aproveitada e que a mesma pode acabar sem ter valido a pena como poderia ter valido. O SENHOR JESUS disse, em Lucas 12:20 (ACF): “Louco! esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?” Conheci a família de um bom homem, muito honesto, dedicado e trabalhador, que lutou por anos para dar o melhor para a sua família. Eles moravam numa cidade do Pará, onde ele trabalhava com madeiras e com marcenaria. Um dia, muito esgotado pelo excesso de trabalho, ele cometeu um erro: havia um tronco gigantesco caído, preso por uma árvore de pequeno porte, e ele resolveu desprende-lo cortando a arvorezinha. Ele não teve tempo sequer de pensar na possibilidade de que aquele tronco gigantesco poderia se desprender e rolar com uma velocidade tal que não lhe desse tempo de escapar. Infelizmente, foi isso o que aconteceu. Num momento de muito cansaço ele não parou para analisar devidamente a situação e fez algo que não faria em outras circunstâncias. O tronco rolou e ele perdeu a vida, perdendo a oportunidade de ver os filhos acabarem de crescer e se formarem na faculdade. Como você se sente quanto à vida que tem levado? Está realmente feliz com a sua rotina atual? Nossa vida é curta demais para que desperdicemos anos numa aventura que pode não dar tão certo quanto gostaríamos. Não deveríamos hoje mesmo começar a mudar o que deve ser mudado para que sejamos verdadeiramente felizes enquanto podemos, assim como nossa família? Precisamos nos lembrar de que os bens não podem nos tornar plenamente felizes, que a alegria que se paga com dinheiro não dura e que a aparência de felicidade conquistada de forma errada não passa de maquiagem e, cedo ou tarde, vai se derreter como cera ao sol.
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